Respostas mais curtas e menos criativas: usuários comparam GPT-5 a uma 'secretária sobrecarregada
Parece que o lançamento do GPT-5 pela OpenAI gerou uma onda significativa de frustração entre os usuários, especialmente os assinantes do ChatGPT Plus, que esperavam um salto revolucionário em desempenho e usabilidade. Vamos analisar os principais pontos de insatisfação e o contexto por trás desse cenário:
Respostas curtas e impessoais: Muitos usuários relatam que o modelo agora parece mais "seco", com um tom abrupto e menos criatividade em comparação ao GPT-4 ou mesmo ao GPT-4 Turbo. Alguns comparam o comportamento a uma "secretária sobrecarregada", sugerindo que ele evita elaborar respostas ou aprofundar discussões.
Queda na qualidade da informação: Há relatos de piora na compreensão de contexto e na precisão de fatos, o que é surpreendente para um modelo que deveria ser uma evolução.
Remoção de modelos anteriores: A OpenAI descontinuou o acesso a versões antigas (como GPT-4 Turbo) para assinantes do Plus, deixando-os sem alternativas caso o GPT-5 não atenda às suas expectativas.
Promessas ambiciosas: Altman comparou o GPT-5 ao "iPhone com tela Retina", sugerindo que os usuários nunca mais quereriam voltar às versões anteriores. Ele também mencionou que o modelo seria como "uma equipe de professores no seu bolso", implicando um avanço significativo em inteligência e utilidade.
Frustração com o resultado: A realidade parece ter ficado aquém do hype, especialmente para tarefas criativas e interações mais complexas. Isso levou a críticas sobre marketing excessivo em relação à entrega técnica.
GPT-5 disponível gratuitamente: Diferente de lançamentos anteriores, a OpenAI liberou o GPT-5 para usuários gratuitos, o que pode ter reduzido o valor percebido do plano Plus.
Perda de flexibilidade: Antes, os assinantes podiam escolher entre modelos como GPT-4, GPT-4 Turbo e até o GPT-3.5 para diferentes necessidades. Agora, estão restritos ao GPT-5, mesmo que ele não seja ideal para todos os casos de uso.
Enquanto a OpenAI enfrenta críticas, o Google apresentou o Genie 3, um modelo capaz de gerar mundos de jogos inteiros em tempo real com prompts simples. Isso mostra que a corrida por IA generativa está longe de terminar, e a pressão por inovações reais (não apenas incrementais) só aumenta.
Otimização para custo computacional: Modelos mais complexos podem ter sido simplificados para reduzir custos de operação, sacrificando qualidade.
Restrições de segurança/ética: A OpenAI pode ter implementado filtros mais rígidos para evitar respostas problemáticas, o que às vezes limita a naturalidade das interações.
Mudança de foco para multimodalidade: Talvez a empresa esteja priorizando outros aspectos (como visão por computador ou voz) em detrimento do processamento de texto puro.
A OpenAI provavelmente ajustará o GPT-5 com base no feedback, mas a insatisfação atual levanta questões importantes:
Transparência: A empresa precisa comunicar melhor as limitações e mudanças técnicas.
Customização: Usuários pagos podem exigir acesso a múltiplos modelos novamente.
Concorrência: Se o GPT-5 não melhorar rapidamente, alternativas como Claude (Anthropic), Gemini (Google) ou até modelos open-source (como os da Meta) podem ganhar espaço.
Enquanto isso, os usuários frustrados estão buscando alternativas ou recorrendo a truques como "jailbreaks" para tentar recuperar o comportamento antigo do ChatGPT. A bola agora está com a OpenAI para responder a essa crise de reputação.