Tecnologia pode dar voz a pessoas com limitações físicas severas e inaugurar uma nova era de comunicação homem-máquina.
A empresa de Elon Musk promete acelerar a comunicação de pessoas que perderam a fala, transformando pensamentos diretamente em palavras.
A Neuralink, startup de neurotecnologia de Elon Musk, revelou que está pronta para iniciar um novo ensaio clínico de seu implante cerebral já no próximo mês. Desta vez, o objetivo é ensinar o chip proprietário a reconhecer a “voz interna” de pessoas que não conseguem mais se comunicar verbalmente.
Hoje, os chips já permitem que pacientes usem teclados virtuais para digitar letra por letra. A proposta agora é transformar esse processo em algo muito mais rápido: a tradução direta do pensamento em texto. Assim, as palavras seriam “lidas” por inteligência artificial e impressas na tela por meio de uma rede neural. Em seguida, o usuário poderia ouvir a resposta de seu interlocutor ou chatbot por meio de fones de ouvido, como AirPods.
Segundo documentos obtidos pela Bloomberg, a empresa tem metas ousadas: implantar chips em até 20 mil pessoas por ano e ultrapassar 1 bilhão de dólares em receita até 2031.
Concorrência internacional
Não é só Elon Musk que avança nesse campo. Na China, médicos de Xangai realizaram recentemente a primeira cirurgia de interface cérebro-computador (BCI) em um paciente tetraplégico. Após o implante de um chip em miniatura, o homem recuperou a capacidade de interagir com o computador usando apenas o pensamento — já consegue jogar xadrez e videogames.
A corrida tecnológica pelo domínio das interfaces neurais está apenas começando, e seus impactos podem transformar tanto a medicina quanto a forma como nos comunicamos no futuro.
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No próximo artigo, vamos explorar como os implantes neurais podem ser aplicados além da medicina, chegando ao campo do entretenimento e da produtividade.