Privacidade, dados sensíveis e segurança digital: saiba como utilizar ferramentas de IA com responsabilidade e evite riscos ao interagir com o ChatGPT ou outros assistentes virtuais.
Crescimento acelerado, uso crescente e uma questão que permanece em aberto: como proteger suas informações ao utilizar inteligências artificiais como o ChatGPT?
Com mais de um bilhão de interações diárias, a IA da OpenAI já está integrada à rotina de milhões de pessoas em todo o mundo. Contudo, especialistas em segurança alertam: ainda faltam regulamentações sólidas, e o usuário precisa adotar práticas de proteção de dados pessoais para evitar consequências indesejadas.
Mesmo com políticas de uso transparente, a própria OpenAI admite que as informações fornecidas ao sistema podem ser armazenadas, analisadas e até utilizadas no treinamento de novos modelos. Com isso, cresce a importância de saber o que pode – e o que não deve – ser dito em um ambiente de inteligência artificial.
A seguir, cinco orientações essenciais para manter sua segurança digital ao utilizar IA:
Pedidos como instruções para burlar sistemas, praticar golpes ou manipular pessoas não são apenas rastreados e bloqueados, como também podem gerar alertas para autoridades. Em países como Reino Unido e membros da União Europeia, há proibição explícita sobre o uso da IA para criação de conteúdos manipuladores, como deepfakes com pessoas reais.
Dica de segurança: nunca utilize a IA para fins que você não usaria uma ferramenta pública de forma ética.
Mesmo que o sistema pareça seguro, ele não foi criado para gerenciar senhas ou dados de autenticação. Já ocorreram falhas técnicas no passado em que dados de usuários apareceram em respostas destinadas a terceiros.
Dica de segurança: use gerenciadores de senhas certificados e mantenha sistemas de autenticação de dois fatores ativados fora do ambiente da IA.
Informações como número de cartão de crédito, CVC, contas bancárias ou contratos financeiros não têm qualquer proteção garantida dentro do ambiente de chat. Diferente de bancos e fintechs, a IA não oferece criptografia de ponta a ponta nem políticas rigorosas de exclusão de dados.
Dica de segurança: considere a IA como uma ferramenta pública. Se não compartilharia em um fórum aberto, não compartilhe com o chatbot.
Casos como o da Samsung, em que colaboradores usaram IA para revisar informações internas e acabaram vazando dados corporativos, servem de alerta. Relatórios, estratégias, cadastros de clientes e contratos devem ser tratados com plataformas seguras e internas.
Dica de segurança: prefira ferramentas empresariais com termos de confidencialidade específicos e controle de acesso.
Apesar de muitos buscarem orientação inicial com a IA, é importante lembrar: o sistema não é um profissional de saúde. Além disso, ao compartilhar sintomas, diagnósticos ou exames, o conteúdo pode ser armazenado e, em situações específicas, reaparecer em outros contextos.
Dica de segurança: use a IA apenas como ponto de partida para pesquisa, e consulte sempre um profissional da área da saúde para diagnósticos e tratamentos.
Inteligências artificiais como o ChatGPT são ferramentas poderosas, mas não são cofres digitais. A melhor regra de segurança é simples: nunca digite algo que você não publicaria em um site aberto da internet.
Enquanto a regulamentação da IA evolui, a responsabilidade sobre a proteção das informações ainda recai principalmente sobre os próprios usuários.
A pesquisa mais recente dos criadores da OpenAI também traz outro alerta: o uso frequente da IA como substituto de interações humanas pode elevar sensações de isolamento. Ao longo de um mês, foram analisadas quase mil pessoas, e os resultados indicaram aumento da solidão em usuários que substituíram interações reais por conversas com IA.
Convite para o próximo artigo:
No próximo conteúdo, vamos explorar: Como a IA pode ser usada com responsabilidade na área da saúde sem violar a privacidade dos pacientes. Fique atento!